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Todas as receitas neste blog são isentas de lactose e glúten. Sempre que possível, sugiro alternativas com ingredientes mais tradicionais, embora estas não sejam testadas. 

LACTOSE é o hidrato de carbono presente no leite, mais concretamente um dissacarídeo composto por 2 monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo portanto considerado um açúcar. Para poder digerir a lactose, o  nosso organismo necessita de dividir a glicose e a galactose e para isso produz uma enzima que se chama lactase que ajuda estes componentes a serem absorvidos pela corrente sanguínea e desempenharem as suas funções. A lactose pode ser encontrada no leite e derivados, como queijos e iogurtes, mas também em alimentos de pastelaria, charcutaria e outros.
Benefícios e malefícios... Sempre foi dado adquirido que o leite traz múltiplos benefícios à saúde, muito pelo cálcio que contém e por ser dos poucos alimentos que contém vitamina D de forma natural. Contudo, existem novas correntes que afirmam que os benefícios do leite podem ser assegurados por outros alimentos (principalmente vegetais) e que o seu consumo não é benéfico nem para o sistema digestivo nem para o colesterol.
Intolerância... Se a lactase não funcionar corretamente, o nosso organismo não consegue digerir a lactose, sendo que esta permanecerá inteira no intestino provocando diversos sintomas nefastos. A deficiência de lactase pode ser genética (embora seja raro) ou adquirida em algumas doenças. Embora também possa ser feita uma dieta de eliminação para aferir o comportamento do nosso organismo sem a lactose, com os cuidados já indicados anteriormente, existem alguns meios com alguma eficácia no diagnóstico. No meu caso pessoal, fiz o teste respiratório de hidrogénio e deu (expressivamente) positivo. O leite e derivados são, de facto dos alimentos que têm um efeito mais imediato e agressivo no meu organismo.

O GLÚTEN é uma proteína grande que existe no amido de cereais como o trigo, centeio, aveia e cevada. A forma como absorve a água e a sua viscosidade transforma as farinhas que o contêm ideais para a melhor textura do pão, bolos e massas. O glúten está presente em grande parte da comida processada e portanto além dos já indicados, pode encontrar-se a identificação “contém glúten” em alimentos tão variados como salsichas, enchidos, carne moída embalada, filetes de peixe pré-cozinhados, molhos, etc… Um exemplo de que o glúten se esconde até na alimentação mais saudável é o facto de alguns restaurantes e refeitórios colocarem farinha nas sopas para dar consistência, basta estarmos atentos aos ingredientes (agora é obrigatório estarem visíveis).
Benefícios e malefícios... Atualmente existe uma grande polémica sobre os malefícios do glúten. Não me vou alongar sobre este tema porque tenho uma visão parcial, mas sugiro que investiguem – além da internet já existem também alguns livros sobre a matéria. Um facto é incontornável: o seu consumo disparou exponencialmente tornando propícia o aumento pouco natural da produção, a farinha de trigo hoje consumida nada tem a ver com a que era produzida pelos nossos antepassados.
Intolerância... Acredita-se que a intolerância ao glúten tem vindo a crescer e que na maioria dos casos nunca é diagnosticada. A doença celíaca é a sua forma mais grave e pode causar danos não só no intestino, mas em todo o organismo de um doente celíaco e existem meios de diagnóstico relativamente eficazes. Contudo, para uma intolerância ao glúten mais leve (se assim se pode chamar) a dieta de eliminação é a forma mais adequada de a determinar. No entanto, partir para esta dieta não deve ser uma decisão de ânimo leve, recomendo que se consulte um médico e/ou nutricionista para poder salvaguardar uma alimentação correta para que não faltem, por exemplo, hidratos de carbono que nos dão energia. O tempo que leva o nosso organismo a libertar-se do glúten pode ser dilatado, depois é avaliar (estarmos mesmo muito atentos) se temos alterações digestivas, alérgicas, energéticas, de humor, etc… Devo alertar que o glúten não é fácil de deixar, não só porque está em todo o lado, mas também porque em alguns casos (como o meu) funciona com uma substância viciante.

Esta informação é uma síntese de toda a informação que tenho pesquisado na internet, livros e imprensa. Uma dieta isenta destes alimentos deve ser acompanhada por um médico e/ou nutricionista para que seja compensada com os nutrientes necessários.